A escoliose representa uma das deformidades espinhais mais prevalentes na população pediátrica e adolescente, caracterizando-se por uma curvatura tridimensional da coluna vertebral que pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento da escoliose evoluiu consideravelmente nas últimas décadas, oferecendo desde abordagens conservadoras baseadas em exercícios fisioterapêuticos específicos até intervenções cirúrgicas complexas para casos severos.
Destaques
Alta prevalência: A escoliose é uma deformidade espinhal comum em crianças e adolescentes, com impacto significativo na qualidade de vida.
Tratamento em evolução: O manejo moderno vai desde exercícios fisioterapêuticos específicos (PSSE) até cirurgia em casos graves.
Diretrizes SOSORT 2016: O tratamento depende da idade, maturidade esquelética, grau da curvatura e risco de progressão. Modalidades incluem observação, PSSE, coletes e cirurgia.
PSSE (ex.: Método Schroth): Mostram eficácia na redução da progressão em curvas <25° e melhoram mobilidade, força e percepção corporal.
Coletes ortopédicos: Recomendados para curvas entre 25° e 40°; eficácia comprovada (BrAIST trial). O sucesso depende da adesão (18–23h/dia). Combinação com PSSE gera melhores resultados.
Cirurgia: Indicada em curvas >45–50° ou progressivas; fusão espinhal posterior com parafusos pediculares é a técnica mais eficaz e segura atualmente.
Complicações: PSSE têm baixo risco; cirurgias podem trazer complicações (neurológicas, infecção, instrumentação), mas são seguras em centros especializados.
Abordagem multidisciplinar: Ortopedistas, fisioterapeutas, técnicos de órtese e psicólogos devem atuar juntos para melhores resultados.
Qualidade de vida: Escoliose afeta autoestima, imagem corporal e aspectos psicossociais. Exercícios e suporte psicológico melhoram adesão e bem-estar.
Futuro do tratamento: Tendência a personalização, coletes em 3D, tecnologias digitais (apps, sensores), terapias complementares e análise genética para prever progressão.
Evidências atuais: Revisões e ensaios clínicos reforçam PSSE como opção eficaz, isolada ou combinada, e confirmam segurança da cirurgia com instrumentação moderna.
Segundo as diretrizes da Sociedade Internacional de Tratamento Ortopédico e Reabilitação da Escoliose (SOSORT) de 2016, o espectro terapêutico para escoliose idiopática do adolescente inclui observação, exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose (PSSE), uso de coletes ortopédicos e cirurgia corretiva. A escolha da modalidade de tratamento da escoliose depende fundamentalmente da idade do paciente, grau de maturidade esquelética, magnitude da curvatura e potencial de progressão.
- Destaques
- Fisioterapia e Exercícios Específicos para Escoliose
- Tratamento com Coletes Ortopédicos
- Indicações e Técnicas Cirúrgicas
- Resultados e Complicações dos Tratamentos
- Abordagem Multidisciplinar e Perspectivas Futuras
- Considerações sobre Qualidade de Vida e Aspectos Psicossociais
- Evidências Científicas e Diretrizes Atuais
- Perguntas Frequentes (FAQ)
- Referências Bibliográficas
Fisioterapia e Exercícios Específicos para Escoliose

Os exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose (PSSE) representam uma das modalidades conservadoras mais promissoras no tratamento contemporâneo desta condição. Estudos recentes demonstram que os PSSE podem ser eficazes na redução do risco de progressão da curvatura em curvas menores que 25° durante o período de crescimento ativo, conforme evidenciado por Karavidas et al. em estudos prospectivos controlados.
Entre as metodologias mais reconhecidas científicamente, destaca-se o Método Schroth, desenvolvido originalmente por Katharina Schroth na Alemanha. Esta abordagem baseia-se em princípios tridimensionais de correção da deformidade espinhal, incorporando técnicas de respiração direcionada, autocorreção postural e exercícios específicos para cada padrão de curvatura. O método visa restaurar o equilíbrio muscular e promover a estabilização da coluna vertebral através de padrões de movimento corretivos específicos.
Uma revisão sistemática e meta-análise publicada em 2024 na revista Frontiers in Sports and Active Living avaliou sistematicamente o tamanho do efeito dos métodos conservadores baseados em exercícios para pacientes com escoliose idiopática. Os resultados indicaram que os PSSE demonstram eficácia superior quando comparados à observação simples, especialmente em curvas de magnitude moderada durante o período de crescimento skelético ativo.
Romano et al. identificaram que os exercícios específicos produzem aumentos significativos nas forças mecânicas exercidas pelos músculos paravertebrais, contribuindo para a estabilização da coluna e potencial redução da progressão da curvatura. Além disso, estudos recentes publicados no BMC Musculoskeletal Disorders em 2024 demonstraram que a combinação de exercícios fisioterapêuticos específicos com terapia manual apresenta resultados promissores na melhoria da funcionalidade espinhal, mobilidade e saúde mental em pacientes com escoliose idiopática do adolescente.
Tratamento com Coletes Ortopédicos

O uso de coletes ortopédicos (órteses) constitui uma modalidade terapêutica fundamental no arsenal conservador para o tratamento da escoliose, especialmente indicada para pacientes em crescimento com curvas entre 25° e 40°. As evidências científicas mais robustas sobre a eficácia do tratamento ortótico provêm do estudo multicêntrico randomizado BrAIST (Bracing in Adolescent Idiopathic Scoliosis Trial), que demonstrou redução significativa na progressão da curvatura em pacientes adequadamente selecionados.
Os coletes modernos, como o colete de Boston, Charleston e Providence, são projetados com base em princípios biomecânicos específicos que visam aplicar forças corretivas direcionadas sobre as áreas convexas da curvatura, promovendo simultaneamente o crescimento diferencial das vértebras durante o período de desenvolvimento esquelético. A eficácia do tratamento ortótico está diretamente relacionada à adesão do paciente, sendo recomendado uso mínimo de 18-23 horas diárias para resultados ótimos.
Estudos recentes enfatizam a importância da combinação entre uso de coletes e exercícios fisioterapêuticos específicos. Esta abordagem combinada demonstra resultados superiores quando comparada ao uso isolado de cada modalidade, permitindo que após a retirada do colete, o tronco mantenha a máxima correção alcançada durante o período de uso da órtese.
As diretrizes SOSORT 2016 recomendam que os PSSE sejam utilizados como terapia autônoma, como complemento ao colete ortopédico e durante o período pós-operatório, destacando a versatilidade e importância desta abordagem terapêutica no manejo integrado da escoliose.
Indicações e Técnicas Cirúrgicas
A intervenção cirúrgica para tratamento da escoliose é reservada para casos em que as modalidades conservadoras se mostram insuficientes ou quando a deformidade apresenta potencial de impacto significativo na função pulmonar e qualidade de vida. As indicações cirúrgicas incluem curvas com magnitude superior a 45-50° em pacientes esqueleticamente maduros, curvas progressivas que não respondem ao tratamento conservador, e deformidades com potencial de comprometimento cardiopulmonar.
A fusão espinhal posterior (FSP) representa a técnica cirúrgica mais amplamente utilizada para correção da escoliose idiopática do adolescente. Esta técnica envolve a fusão das vértebras afetadas utilizando instrumentação metálica, geralmente parafusos pediculares, associada a enxerto ósseo para promover a consolidação das vértebras em posição corrigida. Estudos recentes envolvendo mais de 1.000 casos demonstram que a FSP com instrumentação exclusivamente pedicular oferece correção eficaz da deformidade com baixas taxas de complicações.
A técnica de correção cirúrgica evoluiu significativamente nas últimas décadas, com desenvolvimento de sistemas de instrumentação mais sofisticados que permitem correção tridimensional da deformidade. Os sistemas modernos de parafusos pediculares oferecem maior poder de correção e estabilidade quando comparados às técnicas históricas baseadas em ganchos e fios sublaminares.
Estudos de longo prazo demonstram que a fusão espinhal posterior é altamente eficaz na correção da deformidade e prevenção da progressão da escoliose. Uma análise retrospectiva de 42 pacientes submetidos à FSP mostrou que residuos menores de escoliose após a fusão não afetam adversamente os resultados funcionais e são bem tolerados pelos pacientes sem causar limitações funcionais significativas.
Resultados e Complicações dos Tratamentos
A avaliação crítica dos resultados terapêuticos no tratamento da escoliose requer análise baseada em evidências das diferentes modalidades disponíveis. Os exercícios fisioterapêuticos específicos demonstram eficácia particular na melhoria de parâmetros funcionais e prevenção da progressão em curvas de menor magnitude. Uma meta-análise recente publicada em 2023 no Journal of Physical Therapy Science demonstrou que os PSSE apresentam início de ação mais rápido e podem ser eficazes na desaceleração da progressão da escoliose, particularmente em pacientes adolescentes durante o pico de crescimento.
No contexto cirúrgico, as complicações podem ser categorizadas em intraoperatórias e pós-operatórias. A lesão neurológica representa a complicação mais temida, podendo ocorrer tanto durante o procedimento quanto no período pós-operatório. Estudos do Comitê de Morbidade e Mortalidade da Scoliosis Research Society demonstram que as taxas de complicação são similares entre abordagens anterior e posterior, porém a instrumentação combinada anterior e posterior apresenta taxa de complicações duplicada em relação às técnicas isoladas.
Uma análise de 1.057 casos de fusão espinhal posterior com instrumentação pedicular exclusiva revelou baixas taxas de complicações maiores, confirmando a segurança desta abordagem quando realizada em centros de referência com experiência adequada. As complicações menores incluem infecção superficial da ferida, deiscência e problemas relacionados à instrumentação, enquanto complicações maiores englobam infecção profunda, lesão neurológica e necessidade de reintervenção cirúrgica.
Pacientes com escoliose neuromuscular apresentam taxas de complicação significativamente superiores devido às condições médicas associadas, incluindo maior risco de infecção relacionada à incontinência e estado geral comprometido. Nestes casos, a avaliação pré-operatória rigorosa e otimização clínica são fundamentais para minimização dos riscos cirúrgicos.
Abordagem Multidisciplinar e Perspectivas Futuras

O tratamento contemporâneo da escoliose requer abordagem multidisciplinar integrada, envolvendo ortopedistas especializados em coluna, fisioterapeutas capacitados em exercícios específicos, técnicos em órteses e, quando necessário, equipes de suporte psicológico. Esta colaboração interprofissional é essencial para otimização dos resultados terapêuticos e minimização do impacto psicossocial da condição sobre pacientes e familiares.
As evidências científicas atuais suportam uma hierarquia terapêutica que prioriza modalidades menos invasivas para casos apropriados. Curvas menores que 25° em pacientes em crescimento beneficiam-se significativamente de programas estruturados de PSSE, enquanto curvas entre 25° e 40° requerem frequentemente combinação de exercícios específicos e tratamento ortótico. A cirurgia permanece reservada para deformidades severas ou progressivas que não respondem adequadamente às modalidades conservadoras.
Desenvolvimentos futuros no campo incluem aprimoramento das técnicas de exercícios específicos baseados em análise biomecânica avançada, desenvolvimento de coletes mais eficazes e confortáveis utilizando tecnologias de impressão 3D, e refinamento das técnicas cirúrgicas com foco na preservação da mobilidade espinhal. A medicina personalizada e a análise genética podem futuramente contribuir para identificação precoce de pacientes com maior risco de progressão, permitindo intervenções terapêuticas mais direcionadas e eficazes.
A integração de tecnologias digitais, incluindo aplicativos móveis para monitoramento da adesão aos exercícios e coletes inteligentes com sensores de uso, representa área promissora para melhoria da compliance terapêutica e resultados clínicos. Estudos em andamento investigam também o papel de modalidades terapêuticas complementares, como estimulação elétrica neuromuscular e técnicas de realidade virtual para otimização do treinamento proprioceptivo.
Considerações sobre Qualidade de Vida e Aspectos Psicossociais
O impacto da escoliose e seu tratamento sobre a qualidade de vida dos pacientes constitui aspecto fundamental frequentemente subestimado na prática clínica. Estudos longitudinais demonstram que adolescentes com escoliose podem apresentar redução significativa da autoestima, preocupações com a imagem corporal e limitações na participação em atividades sociais e esportivas. O tratamento eficaz não deve focar exclusivamente na correção da deformidade estrutural, mas também na preservação e melhoria do bem-estar psicológico dos pacientes.
Os exercícios fisioterapêuticos específicos, além dos benefícios biomecânicos, contribuem para melhoria da autopercepção corporal e desenvolvimento de estratégias de autocorreção postural que se estendem além do ambiente terapêutico. Pacientes que participam ativamente de programas de PSSE relatam maior senso de controle sobre sua condição e melhor adaptação às demandas do tratamento conservador.
O uso de coletes ortopédicos, embora clinicamente eficaz, pode gerar impacto psicológico significativo, especialmente durante a adolescência, período crítico para desenvolvimento da identidade e relações sociais. Estratégias de suporte psicológico e grupos de apoio demonstram eficácia na melhoria da adesão ao tratamento e redução do distress emocional associado ao uso prolongado de órteses.
Resultados de qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes submetidos à fusão espinhal demonstram geralmente melhoria significativa dos escores funcionais e de satisfação pessoal no seguimento de longo prazo. Estudos com seguimento de 10 anos evidenciam que a correção cirúrgica da deformidade resulta em melhoria sustentada da qualidade de vida, com redução das limitações funcionais e melhoria da autoimagem corporal.
Evidências Científicas e Diretrizes Atuais

A base de evidências para tratamento da escoliose expandiu-se significativamente na última década, com publicação de estudos randomizados controlados de alta qualidade que fundamentam as recomendações terapêuticas atuais. As diretrizes SOSORT 2016 representam o consenso internacional mais atual sobre tratamento conservador da escoliose idiopática durante o crescimento, incorporando evidências de três estudos randomizados controlados sobre PSSE e o estudo multicêntrico BrAIST sobre eficácia do tratamento ortótico.
Uma revisão sistemática abrangente das principais escolas de exercícios específicos para escoliose identificou sete metodologias principais com fundamentação científica sólida: Schroth, SEAS (Scientific Exercises Approach to Scoliosis), FITS (Functional Individual Therapy of Scoliosis), Lyon, DoboMed, Side Shift, e Barcelona Scoliosis Physical Therapy School (BSPTS). Cada metodologia apresenta princípios específicos, mas compartilham objetivos comuns de estabilização da curvatura e melhoria funcional.
Evidências emergentes sugerem que a combinação de PSSE com terapia manual pode potencializar os resultados terapêuticos. Um estudo randomizado controlado com 31 participantes demonstrou que pacientes submetidos à combinação de exercícios específicos e terapia manual apresentaram melhoria superior na deformidade do tronco, função espinhal, mobilidade e saúde mental comparados ao grupo controle.
No contexto cirúrgico, estudos de coorte prospectivos com grandes amostras confirmam a segurança e eficácia da fusão espinhal posterior com instrumentação pedicular para escoliose idiopática do adolescente. Análises de desfechos de longo prazo demonstram durabilidade da correção obtida e baixas taxas de complicações tardias quando a técnica é realizada adequadamente.
Você já considerou como a escolha do momento ideal para iniciar o tratamento pode influenciar significativamente os resultados na escoliose? Qual sua experiência com diferentes modalidades terapêuticas no manejo desta condição?
Qual abordagem você considera mais desafiadora no tratamento da escoliose: a adesão aos exercícios específicos, a aceitação do colete ortopédico, ou a decisão sobre intervenção cirúrgica?
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Qual a idade ideal para iniciar exercícios específicos para escoliose?
Baseado nas evidências científicas atuais, os exercícios fisioterapêuticos específicos podem ser iniciados assim que diagnosticada a escoliose, independentemente da idade. Estudos demonstram maior eficácia durante o período de crescimento ativo, especialmente entre 10-16 anos, quando o potencial de progressão é maior. O Método Schroth e outras técnicas de PSSE são seguras e benéficas mesmo em crianças mais novas, adaptando-se aos níveis de desenvolvimento cognitivo e motor.
2. Os exercícios específicos podem realmente impedir a progressão da escoliose?
Sim, evidências científicas robustas demonstram que os PSSE podem reduzir significativamente o risco de progressão da curvatura em pacientes apropriadamente selecionados. Estudos prospectivos controlados mostram que exercícios específicos são eficazes na estabilização de curvas menores que 25° durante o crescimento. Uma meta-análise de 2023 confirmou que os EFEE apresentam início de ação mais rápido comparados à observação simples, sendo particularmente eficazes em adolescentes durante o pico de crescimento.
3. Quando é necessária a cirurgia para escoliose?
A indicação cirúrgica baseia-se em múltiplos fatores: magnitude da curvatura (geralmente >45-50° em pacientes maduros), potencial de progressão, comprometimento funcional e qualidade de vida. Curvas que progridem apesar do tratamento conservador adequado, deformidades com risco de comprometimento cardiopulmonar, ou casos com impacto psicológico significativo podem necessitar intervenção cirúrgica. A decisão deve ser individualizada, considerando idade, maturidade esquelética e preferências do paciente e família.
4. Qual a eficácia do tratamento combinado com coletes e exercícios?
O tratamento combinado demonstra eficácia superior às modalidades isoladas. As diretrizes SOSORT 2016 recomendam os PSSE como complemento ao colete ortopédico, pois esta combinação permite melhor manutenção da correção após retirada da órtese. Estudos mostram que pacientes submetidos ao tratamento combinado apresentam maior preservação da correção obtida e melhor qualidade de vida comparados àqueles tratados exclusivamente com colete.
5. Quais são as complicações mais comuns da cirurgia de escoliose?
Dados do Comitê de Morbidade e Mortalidade da Scoliosis Research Society indicam que complicações maiores ocorrem em menos de 3% dos casos em centros especializados. As complicações mais temidas incluem lesão neurológica (0,3-0,5%), infecção profunda (1-2%) e problemas relacionados à instrumentação (1-3%). Complicações menores como infecção superficial, deiscência da ferida e dor transitória são mais frequentes mas geralmente resolvem com tratamento adequado. A experiência do cirurgião e infraestrutura hospitalar são fatores críticos para minimização de riscos.
Referências Bibliográficas
- Negrini, S., Donzelli, S., Aulisa, A. G., Czaprowski, D., Schreiber, S., de Mauroy, J. C., … & Zaina, F. (2018). 2016 SOSORT guidelines: orthopaedic and rehabilitation treatment of idiopathic scoliosis during growth. Scoliosis and Spinal Disorders, 13(1), 3.
- Thompson, R. M., Hubbard, E. W., Jo, C. H., Virostek, D., & Karol, L. A. (2018). Brace success is related to curve type in patients with adolescent idiopathic scoliosis. Journal of Bone and Joint Surgery, 100(12), 1051-1059.
- Karavidas, N., Manousou, E., Zindrou, X., Panagouli, E., Oikonomou, E., Soucacos, P., & Beris, A. (2024). Physiotherapeutic Scoliosis-Specific Exercises (PSSE-Schroth) can reduce the risk for progression during early growth in curves below 25°: prospective control study. Scoliosis and Spinal Disorders, 19(1), 16.
- Liu, T., Zhao, Q., Hou, J., Sun, R., Hao, D., & Zhang, C. (2024). Effectiveness of Physiotherapeutic Scoliosis-Specific Exercises on 3-Dimensional Spinal Deformities in Patients With Adolescent Idiopathic Scoliosis: A Systematic Review and Meta-analysis. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 105(7), 1343-1354.
- Trobisch, P. D., Ducoffe, A. R., Lonner, B. S., Errico, T. J., Lonner, J. H., & Lenke, L. G. (2025). Digital Physiotherapeutic Scoliosis-Specific Exercises for Adolescent Idiopathic Scoliosis: A Randomized Clinical Trial. JAMA Network Open, 8(2), e2453790.
- Gao, C., Zheng, Y., Fan, C., Yang, Y., He, C., & Wong, M. S. (2024). The efficacy of combined physiotherapeutic scoliosis-specific exercises and manual therapy in adolescent idiopathic scoliosis. BMC Musculoskeletal Disorders, 25(1), 855.
- Burton, M. S., Yaszay, B., Bumpass, D. B., Bridwell, K. H., Lenke, L. G., Sides, B. A., … & Sucato, D. J. (2023). Back Pain and Quality of Life 10 Years After Segmental Pedicle Screw Instrumentation for Adolescent Idiopathic Scoliosis. Spine, 48(10), 689-697.
- Romano, M., Minozzi, S., Bettany-Saltikov, J., Zaina, F., Chockalingam, N., Kotwicki, T., … & Negrini, S. (2012). Exercises for adolescent idiopathic scoliosis. Cochrane Database of Systematic Reviews, (8), CD007837.
- Weinstein, S. L., Dolan, L. A., Wright, J. G., & Dobbs, M. B. (2013). Effects of bracing in adolescents with idiopathic scoliosis. New England Journal of Medicine, 369(16), 1512-1521.
- Schreiber, S., Parent, E. C., Moez, E. K., Hedden, D. M., Hill, D., Moreau, M. J., … & Southon, S. C. (2015). The effect of Schroth exercises added to the standard of care on the quality of life and muscle endurance in adolescents with idiopathic scoliosis—an assessor and statistician blinded randomized controlled trial. PLoS One, 10(9), e0135395.
- Monticone, M., Ambrosini, E., Cazzaniga, D., Rocca, B., & Ferrante, S. (2014). Active self-correction and task-oriented exercises reduce spinal deformity and improve quality of life in subjects with mild adolescent idiopathic scoliosis. Results of a randomised controlled trial. European Spine Journal, 23(6), 1204-1214.
- Kwan, K. Y. H., Cheung, K. M. C., Lam, C. L. K., So, L., Tam, E. M. S., Ng, B. K. W., & Cheung, J. P. Y. (2016). The Scoliosis Research Society-22 questionnaire is a valid and reliable functional outcome measure for Chinese adolescent idiopathic scoliosis patients. Spine, 41(21), 1666-1674.
- Bettany-Saltikov, J., Weiss, H. R., Chockalingam, N., Taranu, R., Srinivas, S., Hogg, J., … & Arnell, T. (2015). Surgical versus non-surgical interventions in people with adolescent idiopathic scoliosis. Cochrane Database of Systematic Reviews, (4), CD010663.
- Lonner, B. S., Auerbach, J. D., Boachie-Adjei, O., Shah, S. A., Hosogane, N., & Newton, P. O. (2014). Treatment of thoracic scoliosis: are monoaxial thoracic pedicle screws the best form of fixation for correction? Spine, 39(6), 487-495.
- Trobisch, P., Suess, O., & Schwab, F. (2010). Idiopathic scoliosis. Deutsches Ärzteblatt International, 107(49), 875-884.
- Parent, S., Newton, P. O., & Wenger, D. R. (2005). Adolescent idiopathic scoliosis: etiology, anatomy, natural history, and bracing. Instructional Course Lectures, 54, 529-536.
- Weiss, H. R., Negrini, S., Hawes, M. C., Rigo, M., Kotwicki, T., Grivas, T. B., & Maruyama, T. (2006). Physical exercises in the treatment of idiopathic scoliosis at risk of brace treatment–SOSORT consensus paper 2005. Scoliosis, 1(1), 6.
- Fusco, C., Zaina, F., Atanasio, S., Romano, M., Negrini, A., & Negrini, S. (2011). Physical exercises in the treatment of adolescent idiopathic scoliosis: an updated systematic review. Physiotherapy Theory and Practice, 27(1), 80-114.
- Kim, H. J., Blanco, J. S., Widmann, R. F., Glaser, D. A., Dossous, P. M., Hwang, S. W., … & Roye, D. P. (2009). Update on the management of idiopathic scoliosis in adolescents. Current Opinion in Pediatrics, 21(1), 55-64.
- Kotwicki, T., Durmala, J., Czaprowski, D., Głowacki, M., Kołban, M., Snela, S., … & Zaborowska-Sapeta, K. (2013). Conservative management of idiopathic scoliosis–guidelines based on SOSORT 2006 Consensus. Ortopedia Traumatologia Rehabilitacja, 15(1), 69-77.
- Rigo, M., Reiter, C., & Weiss, H. R. (2003). Effect of conservative management on the prevalence of surgery in patients with adolescent idiopathic scoliosis. Pediatric Rehabilitation, 6(3-4), 209-214.
- Zaina, F., Donzelli, S., Lusini, M., Minnella, S., & Negrini, S. (2015). Swimming and spinal deformities: a cross-sectional study. Journal of Pediatrics, 166(1), 163-167.
- Burger, M., Coetzee, W., du Plessis, L. Z., Geldenhuys, L., Joubert, F., Myburgh, E., … & van Rooyen, C. (2019). The effectiveness of Schroth exercises in adolescents with idiopathic scoliosis: A systematic review and meta-analysis. South African Journal of Physiotherapy, 75(1), 904.
- Day, J. M., Fletcher, J., Coghlan, M., & Ravine, T. (2019). Review of scoliosis-specific exercise methods used to correct adolescent idiopathic scoliosis. Archives of Physiotherapy, 9(1), 8.

Escrito por
Dr.Douglas Santos
Fisioterapeuta
Crefito 8/160444-F
Deixe um comentário